25/06/2020
08:09

O Rio Grande do Norte lidera o ranking dos estados com maior capacidade instalada de usinas eólicas em operação comercial no Brasil. Informações referentes a abril do estudo InfoMercado Dados Gerais, elaborado e divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, mostra que o Estado tem capacidade de gerar com 4.358,38 MW de energia. De acordo com informações do Centro de estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (Cerne), de fevereiro deste ano, o RN tem 156 usinas em operação, seis em construção, 12 projetos vencedores de leilão e 56 projetos contratados, mas sem construção iniciada.

Na lista dos cinco estados que mais concentram capacidade de geração de energia por meio da força dos ventos ainda estão quatro estados do Nordeste (Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco) e um da região Sul (Rio Grande do Sul) o que ressalta a predominância do Nordeste neste tipo de fonte. Nos últimos dez anos, a energia eólica trouxe investimentos da ordem de R$ 15 bilhões para o RN, com instalação de parques nos municípios de Bodó, Parazinho, São bento do Norte, Pedra Grande, São Miguel do Gostoso, João Câmara e Alto do Rodrigues.

Ao todo, as eólicas tiveram uma geração de energia, durante o mês de abril deste ano, de 4.220 MW médios, o que corresponde a 17% de aumento em relação ao mesmo mês no ano passado. Os números comprovam a tendência de crescimento da fonte, mesmo com a queda de 11,8% no total de energia gerada no Sistema Interligado Nacional – SIN.

Para continuar lendo é só clicar aqui: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/rn-lidera-ranking-de-capacidade-instalada-de-energia-ea-lica/483170

TRIBUNA DO NORTE

Publicado por: Chico Gregorio


25/06/2020
08:07

O plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou nesta 4ª feira (24.jun.2020), por unanimidade, relatório que aponta “falta de diretrizes claras” do governo federal nas ações para o combate à covid-19.

O processo visa a avaliar a atuação do Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19, criado em março pelo governo e coordenado pela Casa Civil.

Para o relator do processo, ministro Vital do Rêgo, o comitê “não elaborou diretrizes claras e objetivos estratégicos” para as ações de combate à pandemia. Para o ministro, essa falta de coordenação “levou a população a questionar as medidas propostas” e abriu caminho para que Estados e municípios adotassem decisões “ineficientes e ineficazes“. Esse quadro, segundo avaliou o TCU, poderia levar ao aumento no número de casos da doença e também ao desperdício de recursos públicos.

Há uma briga desde o começo, 1 jogo de responsabilidade, que nos deixa profundamente entristecidos com 50 mil mortes“, disse o ministro em sessão virtual.

Vital do Rêgo também reclamou da “ausência de liderança e de mecanismos para promover coordenação entre os ministérios e órgãos de linha“. Criticou ainda a ausência de médicos e de técnicos em saúde pública no comitê, bem como no próprio Ministério da Saúde.

O relator também viu falta de comunicação entre os órgãos do governo e reclamou dos métodos de divulgação dos dados da covid-19 pelo Ministério da Saúde. Recomendou que 1 representante da Secretaria de Comunicação passe a integrar o comitê de crise e que as reuniões do colegiado passem a ter as atas divulgadas na internet até 15 dias depois de realizadas.

A decisão do TCU se dá no mesmo dia em que a Casa Civil, coordenadora pelo comitê de crises, divulgou peça publicitária para destacar as ações do governo no combate ao coronavírus.

PODER 360

Publicado por: Chico Gregorio


25/06/2020
08:06

O percentual dos que rejeitam o governo de Jair Bolsonaro teve trajetória de alta nos últimos meses. Na pesquisa de 13 a 15 de abril, os que consideravam o chefe do Executivo ruim ou péssimo eram 33%. Hoje, são 48%.

A ascendência da curva de rejeição coincidiu com o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil. No período, o presidente entrou em embate com outros Poderes, participou de manifestações com pautas antidemocráticas, ofendeu setores da mídia e perdeu 4 de seus ministros: Sergio Moro, da Justiça, Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos da Saúde, e Abraham Weintraub, da Educação.

Além disso, houve a controvérsia sobre a divulgação das novas mortes e casos comprovados de coronavírus. O governo chegou a retirar do ar por alguns dias as informações completas. Houve uma reação negativa da mídia, que acabou criando 1 consórcio para apurar diariamente os dados sobre o vírus.

Recentemente, o país também ultrapassou a marca de 50.000 mortos pela doença. Foram inúmeras imagens de caixões, valas abertas e hospitais lotados nas emissoras de televisão.

Quem mais rejeita?

  • 53% – mais jovens, de 16 a 24 anos;
  • 63% – com ensino superior;
  • 59% – nordestinos.

Quem mais aprova?

  • 35% – que tem ensino fundamental;
  • 35% – mais velhos, acima de 60 anos;
  • 40% – população do Centro-Oeste.

Leia a estratificação completa no infográfico abaixo:

A pesquisa, realizada de 22 a 24 de junho de 2020 pelo DataPoder360divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 549 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

PODER 360

Publicado por: Chico Gregorio


25/06/2020
08:05

O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) abriu um procedimento investigatório criminal para apurar eventual responsabilidade penal pelas mortes de pacientes que participaram dos testes do estudo ‘CloroCovid-19’.

pesquisa realizada em abril deste ano para testar o uso da cloroquina no tratamento de coronavírus contou com a participação de 81 pessoas internadas em estado grave no Hospital Delphina Aziz, das quais 11 morreram. Os pacientes foram divididos em dois grupos, com um recebendo uma dose de cloroquina mais alta. Os participantes elegíveis foram alocados para receber alta dose oral de CQ por sonda nasogástrica (600mg CQ duas vezes ao dia por 10 dias ou dose total 12g); ou CQ em baixa dose (450 mg por 5 dias, duas vezes ao dia apenas no primeiro dia ou dose total de 2,7 g). Em três dias, os pesquisadores começaram a notar arritmia cardíaca em um quarto dos pacientes que receberam a dose mais alta.  Após a morte de 11 deles, os cientistas interrompem precocemente testes com a dosagem.

O promotor de justiça Edinaldo Aquino Medeiros, que assina a portaria publicada nessa segunda-feira, 22, no diário do MP, solicita que em dez dias a Fundação de Medicina Tropical, o Hospital Delphina Aziz, o médico responsável pela pesquisa Marcus Vinícius Guimarães Lacerda e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa enviem os documentos e informações solicitadas.

Financiado, entre outros, pelo governo do estado do Amazonas, o estudo envolveu pacientes internados em Manaus e foi realizado pela Equipe CloroCovid-19, formada por cerca de 26 cientistas de diversos órgãos. A pesquisa foi postada na revista medRxiv, uma plataforma de artigos médicos, para depois ser encaminhada para revisão por outros pesquisadores.

Para ler a reportagem com procedimento do MP/AM é só clicar aquihttps://quinina.com.br/morte-de-pacientes-em-pesquisa-e-investigada-pelo-ministerio-publico-do-estado-do-amazonas/

QUININA

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
08:02

 

Capturar 73 - Senado reprova destaque que prorrogaria mandatos de prefeitos por mais dois anos

O Senado reprovou por 53 x 16 o destaque do senador Ciro Nogueira, do PP, que prorrogaria os mandatos dos atuais prefeitos por mais dois anos, a votação aconteceu a na noite desta terça-feira (23).

A justificativa consistia na dificuldade de sanitaristas e pesquisadores de definição de um momento exato de inflexão da pandemia do novo coronavírus no Brasil, que já matou mais de 50 mil brasileiros.

“Não podemos usar a pandemia para prorrogar mandato de quem quer que seja”, rechaçou o relator da PEC que adiou as eleições para novembro, Weverton Rocha (PDT-MA). A proposta tinha o apoio da paraibana Daniella Ribeiro.

Fonte: Polêmica Paraíba

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:55

Brasil 247

O advogado Luís Gustavo Botto Maia, um dos alvos da Operação Anjo, foi exonerado do cargo que ocupava na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (23). A decisão está publicada no Diário Oficial.

De acordo com a investigação do Ministério Público Federal (MPF), Maia, que trabalhava com o então deputado estadual e atual senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), teria destruído provas. Ele tentou enganar os promotores e a Justiça no esquema da “rachadinha”.

O esquema envolve o senador e o ex-assessor Fabrício Queiroz, preso na última quinta-feira (18), em Atibaia (SP).

Luís Gustavo estava nomeado no gabinete do deputado estadual Renato Zeca (sem partido).

O MP afirma na denúncia que Botto Maia “extrapolou todos os limites do exercício da advocacia”.

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:45

Relator vota por anular quebra de sigilos de Flávio Bolsonaro.
Relator vota por anular quebra de sigilos de Flávio Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

247 – O Ministério Público do Rio de Janeiro deverá apresentar até o início da próxima semana denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz no âmbito das investigações das “rachadinhas” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.

Segundo o jornalista Fernando Molica, da CNN Brasil, Flávio Bolsonaro e Queiroz deverão ser denunciados pelos crimes de peculato (apropriação ou desvio de dinheiro público) e formação de organização criminosa.

“A apresentação da denúncia contra Flávio vai depender do resultado do julgamento, na próxima quinta-feira, na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, de habeas corpus impetrado por sua defesa. Os advogados do senador alegam que, na época dos fatos, ele era deputado estadual e, portanto, só poderia ser investigado ou processado na segunda instância. A CNN apurou que o MP prevê a derrota de Flávio por 2 votos a 1”, diz o jornalista.

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:44

General Augusto Heleno
General Augusto Heleno (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro demonstrou insatisfação com a Polícia Federal, mas sua defesa sustenta que ele se referia às dificuldades para efetuar mudanças em sua segurança no Rio. De acordo com as informações enviadas pelo general Heleno, no dia 30 de março deste ano, o GSI dispensou o coronel do Exército André Laranja Sá Corrêa da função de Diretor do Departamento de Segurança Presidencial da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. A saída ocorreu sem dificuldades, fragilizando a defesa do presidente. Laranja Sá assumiu o comando da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada de Pelotas (RS).

Durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada amplamente por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro cobrou mudanças no governo e pressionou o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sob alegação de que não vai esperar ‘foder a minha família toda’.

Heleno alegou em maio que a declaração de Bolsonaro na reunião não era uma reclamação da segurança pessoal no Rio, e sim um ‘exemplo’ de situação em que, caso houvesse oposição à troca, ele poderia demitir o ministro para que sua decisão fosse cumprida.

Mas o ofício de Heleno à PF comprova que as mudanças na segurança presidencial já tinham sido feitas, demonstrando que as cobranças de Bolsonaro na reunião ministerial se referiam à Polícia Federal. Além do coronel Laranja Sá, o general de Brigada Nilton José Batista Moreno Júnior foi exonerado em janeiro do ano passado, logo após a posse, informa o Estadão.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro Moro acusa Bolsonaro de interferir politicamente no comando da PF para obter informações sigilosas. O inquérito que apura o caso deve avançar nos próximos dias, quando Celso de Mello deverá decidir sobre o pedido da PF para ouvir Bolsonaro. O decano avalia obrigar o presidente a comparecer presencialmente.

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:39

O Rio Grande do Norte não tem apenas um hospital de Covid, ele tem vários! Foram abertos 385 leitos estaduais para Covid desde o início da pandemia, sendo 181 só na Região Metropolitana de Natal. Esses leitos fazem parte da rede de hospitais do Pacto Pela Vida, uma ação de ampliação de leitos na rede pública estadual de saúde previamente existente…

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:32

Caminhos para o coração – pesquisa da UFRN melhora diagnóstico de doença arterial coronariana –  disponível em  https://ufrn.br/imprensa/materias-especiais/36425/caminhos-para-o-coracao

Para  além da cosmética – medicamento à base de babosa auxilia no tratamento contra a psoríase – disponível em  https://ufrn.br/imprensa/materias-especiais/36837/para-alem-da-cosmetica

Mais um gás para a indústria – UFRN cria material para produção de substância com alto valor agregado na indústria química – disponível em  https://ufrn.br/imprensa/materias-especiais/36670/mais-um-gas-para-a-industria
Combustível mais limpo e barato – tecnologia desenvolvida na UFRN é capaz de reduzir custo de produção do biodiesel – disponível em  https://ufrn.br/imprensa/materias-especiais/37074/combustivel-mais-limpo-e-barato
Nova tecnologia produzida na UFRN resulta em pedido de patente – disponível em  https://ufrn.br/imprensa/noticias/36989/nova-tecnologia-de-pavimentacao-de-estradas-e-metalurgia-e-produzida-na-ufrn
Nova descoberta tecnológica melhora sistema de inteligência artificial – disponível em  https://ufrn.br/imprensa/noticias/36751/nova-descoberta-tecnologica-melhora-sistemas-de-inteligencia-artificial

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:20

Heitor Gregório | Nina Souza é a primeira mulher a assumir ...Na sessão remota da Câmara de Nata nesta terça-feira, a vice-presidente da Casa, vereadora Nina Souza, repudiou o vídeo do senador Styvenson Valentim criticando a irmã por ter recebido auxílio emergencial, mesmo justificando que está sem emprego e não tem renda.

“Eu vi uma cena lamentável: um homem colocar ao lado dele uma mulher, de forma obrigada, chorando, dizendo a todo momento não ter cometido nenhuma prática ilícita. E aquela mulher que estava ali, ao lado do senador, era vulnerável por ser mulher, vulnerável pela vergonha que estava sendo exposta, vulnerável também porque, como ela enfatizava, preenchia os requisitos para ter acesso ao auxilio”, enfatizou Nina.

“O mais triste nessa história toda é que o senador só fez isso porque ela era mulher. Nenhum homem assistiria aquela cena patética calado”.

A vereadora Nina ainda fez um pedido.

“Por favor, tire esse vídeo do ar. Se o senhor quer fazer o correto, denuncie. Desmoralizar e humilhar não são caminhos para se cobrar ou buscar justiça”, criticou a vereadora.

Thaisa Galvão.

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:14

Insatisfeitas com mais um adiamento do início da reabertura econômica, as Federações das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN), da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) e das Indústrias (Fiern) deverão entrar na Justiça contra o Estado para garantir a reabertura das atividades econômicas o quanto antes. No cronograma do Governo do Estado, isso deverá ocorrer no dia 1º de julho. As entidades representativas dos setores produtivos consideram equivocada a decisão de adiamento tomada pela governadora Fátima Bezerra. A abertura do comércio e da indústria estava inicialmente marcada para esta quarta-feira, 24.

Até esta terça-feira, 23, o setor jurídico das Federações citadas trabalhavam na peça judicial, que deve ser entregue à Justiça “o quanto antes”. A informação foi confirmada pelo empresário Eudo Laranjeiras, presidente da Fetronor. “Não podemos esperar mais sete dias para o início da reabertura. Neste momento, o setor jurídico das Federações está trabalhando para ver como construir a peça”, disse Laranjeiras às 17h desta terça-feira, 23.

A decisão do governo estadual foi anunciada pela governadora Fátima Bezerra ao próprio setor econômico nesta terça-feira. Segundo argumentou, a prorrogação das medidas de distanciamento social é baseada nas recomendações semelhantes do Comitê Científico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) e dos Ministérios Públicos (Federal, do Trabalho e do Estado do Rio Grande do Norte).

Para continuar lendo é só clicar aqui: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/federaa-a-es-criticam-adiamento-da-reabertura-e-devera-o-acionar-o-tjrn/483069

TRIBUNA DO NORTE

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:11

Quando deixou a província chinesa de Hubei rumo à Europa e aos vizinhos asiáticos —entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020— o coronavírus Sas-CoV-2 encontrou em algumas regiões do globo condições particularmente favoráveis à sua disseminação.

Após analisar dados de 126 países, entre eles o Brasil, pesquisadores da Unicamp (Universidade de Campinas) e de Barcelona identificaram um conjunto de fatores que teriam favorecido o espalhamento rápido do vírus na fase inicial da epidemia, ou seja, antes que fossem adotadas políticas públicas para conter o contágio.

Segundo o estudo, apoiado pela Fapesp, entre os fatores que contribuíram para a maior taxa inicial de crescimento da Covid-19 estão: temperatura baixa e, consequentemente, população menos exposta aos raios ultravioleta do sol e com menor nível de vitamina D no sangue; maior proporção de idosos e, portanto, maior expectativa de vida; maior número de turistas internacionais nos primeiros dias da epidemia; início precoce do surto (países onde a doença chegou primeiro demoraram mais para tomar medidas de prevenção); maior prevalência de câncer de pulmão, de câncer em geral e de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica); maior proporção de homens obesos; maior taxa de urbanização, maior consumo de álcool e tabaco; e hábitos de saudação que envolvem contato físico, como beijo, abraço ou aperto de mão.

“Escolhemos como ponto de partida de nossa análise o dia em que cada país registrou o 30º caso de Covid-19 e analisamos os dias seguintes [entre 12 e 20 dias, dependendo do país]. O objetivo era entender o que ocorreu na fase em que a doença cresceu livremente, de forma quase exponencial”, explica à Agência Fapesp Giorgio Torrieri, professor do IFGW-Unicamp (Instituto de Física Gleb Wataghin) e coautor do artigo divulgado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.

Segundo o pesquisador, a proposta era aplicar análises estatísticas comumente usadas na área de física —entre elas a regressão linear simples e o cálculo do coeficiente de determinação— para tentar entender o que ocorreu no início da pandemia. Os dados usados nas análises vieram de fontes diversas —boa parte de um repositório público conhecido como Our World in Data.

“A ideia era avaliar o seguinte: caso não fosse feito nada para conter a doença, com qual velocidade o vírus se espalharia nos diferentes países ou nos diferentes grupos sociais? Fatores como temperatura, densidade demográfica, urbanização e condições de saúde da população influenciam a velocidade do contágio?

FONTES CONFIÁVEIS

Alguns estudos sugerem que a vacina BCG, contra tuberculose, pode ter algum efeito protetor no caso da Covid-19. As análises feitas pelos pesquisadores da Unicamp e da Universidade de Barcelona indicam a existência de uma correlação fraca entre as duas variáveis (taxa de imunização contra tuberculose e taxa de contágio pelo Sars-CoV-2). Segundo Torrieri, porém, é possível que o resultado tenha sido prejudicado pela falta de dados confiáveis em países onde a vacinação não é obrigatória.

“Quando excluímos os países sem dados de vacinação, a correlação fica fraca. Mas quando incluímos esses locais na análise e assumimos que têm uma taxa baixa de imunização, a correlação se torna mais forte”, conta o pesquisador.

Para alguns dos fatores analisados —entre eles a prevalência de doenças como anemia, hepatite B (nas mulheres) e hipertensão— os pesquisadores identificaram uma correlação negativa. Ou seja, nos países com maior proporção de hipertensos, por exemplo, a taxa de contágio inicial do SarsCoV-2 foi menor.

“Podemos imaginar que nesses locais há mais doença cardiovascular e, portanto, menor expectativa de vida”, avalia Torrieri.

Entre os fatores analisados que não apresentaram correlação com o contágio (nem positiva e nem negativa) estão: número de habitantes; prevalência de asma; densidade populacional; cobertura vacinal para poliomielite, difteria, tétano, coqueluche e hepatite B; prevalência de diabetes; nível de poluição do ar; quantidade de feriados; e proporção de dias chuvosos. No caso do PIB (Produto Interno Bruto) per capita, como explicou Torrieri, a correlação se mostrou positiva apenas em valores acima de 5 mil euros.

“O PIB está relacionado com a qualidade da infraestrutura pública. Quanto maior é o PIB per capita de um país, melhor é a infraestrutura de saúde e de moradia, por exemplo. Mas abaixo de 5 mil euros não fez diferença provavelmente porque a infraestrutura é de baixa qualidade”, avalia o pesquisador.

Como destacam os autores no texto, diversas variáveis analisadas estão correlacionadas entre si e, portanto, é provável que tenham uma interpretação comum e não é fácil separá-las. “A estrutura de correlação é bastante rica e não trivial, e incentivamos os leitores interessados a estudarem as tabelas [do artigo] em detalhes”, afirmam.

Segundo os pesquisadores, algumas das correlações apontadas são “óbvias”, por exemplo, entre temperatura, radiação UV e nível de vitamina D. “Outras são acidentais, históricas e sociológicas. Por exemplo, hábitos como consumo de álcool e tabagismo estão correlacionados com variáveis climáticas. De forma semelhante, a correlação entre tabagismo e câncer de pulmão é muito alta e, provavelmente, contribui para a correlação deste último [o câncer] com o clima. Razões históricas também explicam a correlação entre clima e o PIB per capita”, dizem os pesquisadores.

Embora seja impossível para os países alterar algumas das variáveis estudadas, como o clima, a expectativa de vida e a proporção de idosos, por exemplo, sua influência na disseminação da doença deve ser levada em conta na formulação de políticas públicas, ajudando a definir estratégias de testagem e de isolamento social, defendem.

Outras variáveis, segundo os autores, podem ser controladas pelos governos: testagem e isolamento de viajantes internacionais; restrição de voos para regiões mais afetadas pela pandemia; promoção de hábitos de distanciamento social e de campanhas visando reduzir o contato físico enquanto o vírus estiver se espalhando; e campanhas voltadas a estimular na população a suplementação de vitamina D, a redução do tabagismo e da obesidade.

“Enfatizamos ainda que algumas variáveis apontadas são úteis para inspirar e apoiar a pesquisa na área médica, como a correlação do contágio com câncer de pulmão, obesidade, baixo nível de vitamina D e diferentes tipos sanguíneos e diabetes tipo 1. Isso definitivamente merece estudo mais aprofundado, com dados de pacientes”, concluem os cientistas.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:09

Dois opositores do procurador-geral da República, Augusto Aras, os subprocuradores Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, foram eleitos para vagas no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O órgão, composto por 10 subprocuradores, serve para deliberações internas da PGR e do MPF.

Bonsaglia e Dino foram escolhidos nesta 3ª feira (23.jun.2020), com 645 e 608 votos, respectivamente. Aras apoiava os subprocuradores Carlos Frederico Santos e Maria Iraneide Facchini, que obtiveram 190 e 121 votos, respectivamente.

O resultado do pleito sinaliza desgaste de Aras à frente da PGR. O atual procurador-geral foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro de fora da tradicional lista tríplice apresentada aos presidentes da República.

Um dos acontecimentos que revelaram rusgas na categoria é a recomendação dada por Aras sugerindo que promotores e procuradores evitassem provocar conflitos judiciais durante a pandemia diante da falta de “consenso científico”.

O chefe geral do MPF também chegou a enviar ofícios para os ministérios do governo Bolsonaro pedindo que recomendações enviadas por procuradores da 1ª Instância sobre o coronavírus passassem pelo seu gabinete. A atitude foi mal vista e interpretada como desrespeito à autonomia da instituição.

PODER 360

Publicado por: Chico Gregorio


24/06/2020
07:08

Nosso sistema imune é uma das coisas mais perfeitas com que a evolução nos brindou. Ele pode reagir a diferentes micróbios nocivos, como vírus, bactérias e fungos, dentre outros que tentam infectar nosso organismo.

Essa resposta pode ser feita por meio da produção dos anticorpos e também de células capazes de identificar o inimigo ou células infectadas por ele capazes de destruí-lo. As células do sistema imune também secretam proteínas, que têm um papel importante na resposta do organismo à injúria e também ajudam na regeneração tecidual.

A resposta imune à infecção do novo coronavírus também pode ser observada e tem um papel importante na evolução do paciente infectado. Quando ela funciona bem, o paciente tem poucos sintomas e evolui para cura rápida. No caso contrário, temos a internação e até o risco de morte.

Até pouco tempo atrás, achávamos que a resposta através de produção de anticorpos neutralizantes direcionados para a proteína da espícula do vírus seria a principal maneira de o organismo responder ao ataque do novo coronavírus.

Porém, num novo trabalho recentemente publicado por pesquisadores americanos, vimos que a resposta feita através de linfócitos que reconhecem diferentes estruturas do vírus pode estar implicada na resposta imunológica ao coronavírus. O mais interessante é que até pessoas que não foram expostas ao Sars-Cov-2 tenham apresentado essa resposta celular ao coronavírus. Seria como se elas tivessem uma imunidade inata contra o novo patógeno.

Essa imunidade poderia destruir o vírus nos estágios iniciais da infecção e evitaria até a produção de anticorpos pelos indivíduos expostos. Alguns autores chamam isso de “matéria escura imunológica”, e esse fenômeno poderia explicar por que somente uma pequena parte da população tem anticorpos contra o Sars-Cov-2 depois de uma onda epidêmica.

Assim, o tal passaporte imunológico através da presença de anticorpos IgG contra o vírus não é alcançado por toda a população. Porém, a parte da população sem a presença de IgG talvez seja resistente à infecção pelo novo coronavírus.

Os modelos matemáticos em relação à pandemia do novo coronavírus assumem que toda a população seria suscetível ao Sars-Cov-2. Pelo exposto acima, essa premissa pode estar incorreta, e os modelos devem ser corrigidos.

A HORA DA CIÊNCIA – O GLOBO

Publicado por: Chico Gregorio