09/07/2019
11:51

Passado um mês desde que o site The Intercept Brasil revelou os diálogos travados pelo ex-juiz Ségio Moro com procuradores da Lava Jato que comprovam o direcionamento e manipulação dos processos da operação, caiu por terra a imagem criada pela mídia de que Moro era um implacável combatente da corrupção e que a operação não tinha propósitos políticos

(Foto: Senado | ALESP)

Lu Sudré, Brasil de Fato – Mudou tudo e não mudou nada. Há exatamente um mês, no dia 9 de junho, o The Intercept Brasil publicava as três primeiras reportagens de uma série de matérias jornalísticas sobre a operação Lava Jato. “As mensagens secretas da Lava Jato” ditaram um novo e conturbado episódio político no país e afetaram consideravelmente as percepções sobre a operação e principalmente sobre a figura do ex-juiz Sérgio Moro. Até o momento, porém, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e as devidas instâncias do Poder Judiciário não esboçaram nenhum movimento no sentido de apurar as informações vazadas nem de responsabilizar os envolvidos.

Produzidas a partir de arquivos inéditos, obtidos de uma fonte anônima, as reportagens expuseram a atuação política e parcial do atual ministro da Justiça em conjunto com o procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Lava Jato. O furo jornalístico trouxe à tona diálogos privados do aplicativo de mensagens Telegram, que ocorreram entre 2015 e 2018, e que evidenciam a articulação e cooperação entre o juiz e o promotor.

Ao longo de um mês, o veículo publicou onze reportagens, incluindo um editorial que discorre sobre os motivos que levaram a equipe do jornalista Glenn Greenwald a publicar o conteúdo exclusivo. Algumas matérias da série foram publicadas em parceria com veículos da mídia comercial como a Folha de S. Paulo, a revista Veja e a Band News, dando uma repercussão ainda maior aos fatos.

Publicado por: Chico Gregorio

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