15/04/2019
06:13

A alta da Bolsa brasileira em 2019, agora um pouco espremida pela recente turbulência política, mascara um pessimismo com a recuperação econômica do país, que já vem desde o início do ano.

Ao longo dos últimos meses, os investidores estão trocando de posição. Eles passaram a vender papéis de empresas de consumo ou focadas no mercado interno e estão comprando ações principalmente de exportadoras, em especial de commodities.

A alta do Ibovespa, principal índice acionário do país, que renovou máximas históricas desde a virada do ano, não foi disseminada de forma equânime. Entre as principais companhias que se valorizam e sustentam o índice estão justamente as ligadas à exportação e ao setor de energia.

No grupo das que amargam perdas, predominam as ligadas ao setor de consumo, dependentes, portanto, da recuperação da economia.

A lanterninha entre as empresas é a Lojas Americanas, acompanhada ainda de B2W, CVC, Hypera e administradoras de shoppings, como Iguatemi, BR Malls e Multiplan.

Fora do espectro consumo figuram Embraer, BR Distribuidora e Ultrapar. Essas empresas estão entre as dez principais quedas do ano até aqui.

Em seguida vem a Magazine Luiza, que há anos figura como um grande case de sucesso: uma grande reestruturação levou a companhia a multiplicar seu valor de mercado. Nem isso foi suficiente para fazê-la escapar do pessimismo instaurado em 2019.

Não distantes entre as baixas estão também Via Varejo e Lojas Renner.

A lista dá uma amostra da desconfiança de investidores com a capacidade de crescimento do varejo em um ambiente mais adverso e, na leitura ampliada, com a própria economia brasileira, que não esboça reação.

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Publicado por: Chico Gregorio

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