O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) e prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante (Pros), disse que a situação do Amazonas com a saída dos médicos cubanos é preocupante. Hoje o estado conta com 292 deles, segundo o Ministério da Saúde.

Cavalcante afirmou ao BNC Amazonas que não há médico disponível que aceite o salário de R$ 11,8 mil para trabalhar em comunidades ribeirinhas e indígenas distantes dos centros urbanos.

Segundo o dirigente municipalista, o Amazonas tem uma realidade diferente do resto do país. As distâncias continentais e as dificuldades de locomoção são as maiores causas de desinteresse.

“O estado não vai preencher essa lacuna deixada pelos cubanos”, afirmou, complementando que o programa amenizou muitos dos problemas do setor no interior.

Essa preocupação com a perda dos médicos cubanos já foi manifestada a entidades nacionais, como Associação Brasileira e Confederação Nacional dos Municípios, disse Cavalcante.

De acordo com o presidente da AAM, os estados da região Norte estão se unindo para dialogar com o governo federal para uma solução para o problema.

O governo de Cuba já anunciou a saída do programa Mais Médicos.

 

Foto: Agência Brasil/EBC (arquivo)