19/01/2018
13:13

José Aldenir/ Agora Imagens

Igor, gerente de vendas, tem mulher, três filhos – dois em idade escolar – e mora com os pais no mesmo apartamento de três quartos. O que pouca gente sabe é que esse profissional liberal de 42 anos tem outra família, escondida na acanhada garagem no prédio sobre pilotis na zona Oeste da cidade.

Um sedan branco, 2.0, 2013, com quase 100 mil km rodados, adquirido de segunda mão, pelo qual ele ainda paga um financiamento de cinco anos feito na época em que era barato comprar um bem pelo sistema financeiro.

Hoje, esse “agregado” da família, que nunca reclama, mas já deixa as primeiras manchas de óleo no chão, vem tirando gradativamente as regalias da família toda vez que o preço do barril sobe no mercado internacional.

Esse é o gatilho que a Petrobras usa para aumentar ou diminuir o valor dos combustíveis – mais aumentar do que diminuir.

“Hoje, a gente não vai mais a restaurante, cortei o pacote da tevê a cabo, viagens aqui mesmo pelo interior e vou tirar os meninos da escola particular”, assegura o motorista.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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