16/11/2017
15:46

O fato de uma instituição privada realizar um evento no campus da UFRN e convocar a Polícia Militar para garantir a segurança do público sem o consentimento da administração da universidade foi o que mais chocou a reitora Ângela Paiva no episódio envolvendo a exibição do documentário “Jardim das Aflições”, de Josias Teófilo, sobre a vida e o pensamento do filósofo Olavo de Carvalho. O evento ocorreu terça-feira, no auditório do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN, convocado pelo Instituto Filipe Camarão, entidade de extrema-direta fundada em 2017. A PM foi enviada ao local após solicitação da Corregedoria da Polícia Federal e nenhuma das duas instituições comunicou o fato à Reitoria. A exibição do filme ocorreu sem qualquer incidente.

Em entrevista à agência Saiba Mais na manhã desta quinta-feira (16), no gabinete da Reitoria, Ângela Paiva classificou como “gravíssimo” o fato, que mereceu uma nota pública assinada em conjunto pela reitora e mais 28 diretores de Centro destacando que a autonomia universitária foi ferida no episódio.

Questionada se pediria uma a resposta pública da Polícia Federal sobre a polêmica, a reitora afirmou que iria se reunir ainda nesta quinta-feira com o superintendente da PF e representantes do Ministério Público Federal, e esperava chegar a um entendimento.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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