17/07/2017
10:36

O objetivo é claramente mudar o quadro das eleições em 2018 e o ritmo de aplicação das reformas nos próximos anos. Não é apenas o Lula que está sendo condenado, mas a luta dos trabalhadores e a esquerda. Se há algo a ser condenado não é o Lula em si, mas, sim, sua política de conciliação com a direita corrupta e com o grande empresariado durante seus governos, os mesmos que agora se voltaram contra ele e o PT

Por: Robério Paulino*, professor da UFRN e membro do PSOL – RN, candidato a prefeito de Natal nas eleições municipais de 2016

Esperei algum tempo para entender o quadro, mas considero meu dever emitir aqui minha posição sobre a condenação de Lula. Devemos repudiar explicitamente a condenação política de Lula por Sérgio Moro – da forma como foi feita – , sem provas conclusivas, sem levar em conta os argumentos da defesa, com um julgamento midiático que já estava decidido de antemão, desde os vazamentos propositais das conversas telefônicas entre Lula e Dilma por Moro para a Globo, o que todo mundo jurídico e agora ele mesmo reconheceram como ilegais e parciais.

Moro não tem autoridade moral para condenar Lula, já que desde o começo foi imensamente parcial. São inúmeras as fotos nas redes sociais de Moro sorridente com corruptos de carteirinha, como Aécio Neves. Que imparcialidade pode-se esperar de um juiz desse? Na verdade, a condenação de Lula é um segundo impeachment, com todo seu significado de abrir uma ofensiva contra os direitos de povo, como ora se vê.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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