16/08/2015
09:11

“Adotamos todos os protocolos possíveis, mas infelizmente não conseguimos reverter o quadro de sucessivas convulsões seguida de paradacardio respiratória”, disse o médico Diego Dantas sobre a morte do bebê Lucas Gabriel, de 4 meses, na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Belo Horizonte, no intervalo de 6h10 a 7h da manhã deste sábado, em Mossoró/RN.

O bebê de quadro meses tem histórico familiar complicado desde que nasceu. Inclusive consta no registro de entrada na UPA do Belo Horizonte que, devido a estes descasos que sofria em casa, a criança vinha sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. Quando o óbito foi registrado, o setor de Assistência Social acionou o Conselho Tutelar para adotar providências.

O Conselheiro Italo Mikael declarou à imprensa escrita, no rádio e redes sociais que houve negligência médica no socorro a criança. Segundo ele, se na UPA do BH tivesse um aparelho que tem no Hospital Regional Tarcísio Maia, a criança tinha sido salva. Denunciou também que o SAMU se recusou a transferir o bebê do UPA para o HRTM.

O médico Diego Dantas disse que o conselheiro tutelar falou não é verdade. É injusto. Disse que trabalha no HRTM e pode afirmar com absoluta certeza que não existe equipamento possível de ter auxiliado aos 5 médicos a salvar a criança. “Adotamos todos os protocolos possíveis, mas infelizmente não conseguimos reverter o quadro de sucessivas convulsões, que, infelizmente, evoluiu para uma parada cardiorespiratória e óbito”, disse.

Ainda conforme Diego Dantas, a criança só poderia ser transferida do UPA para a unidade de UTI pediatrica quando o quadro de saúde dela fosse estabilizada, o que infelizmente não foi possível. Logo, o SAMU, segundo o diretor José Gilliano só poderia fazer a transferência quando a criança estivesse estabilizada. Ainda conforme Diego Dantas, o atendimento Lucas Gabriel foi feito num cenário que se assemelha a uma UTI, com medicamentos, espaço, médicos e equipamentos.

O Conselhereiro Tutelar Flávio Roberto disse que a opinião do colega Italo Mikael não é a opinião do colegiado de conselheiros. Segundo ele, os demais conselheiros não fazem juíza de valor em nenhum caso antes da devida apuração dos fatos. “Esta declaração é uma posição pessoal do Ìtalo Mikael e não a nossa dos conselhos”, destaca Flávio Roberto em ligação ao MOSSORÓ HOJE.

Publicado por: Chico Gregorio

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