31/08/2015
07:14

FOLHA DE SÃO PAULO
ELEONORA DE LUCENA
DE SÃO PAULO

A nova classe média, que foi integrada pelo consumo, é ingrata a quem lhe dá condições para ascender. Tende a se identificar com os que estão acima dela e não com os que estão abaixo. Também não será leal a outros governos. Para isso, terá que ser intimidada.

O alerta é do sociólogo e economista português Boaventura Sousa Santos, 74. Segundo ele, se houver um ciclo político pós-PT, “ele será dominado pela inculcação do medo que leve à resignação das classes médias e populares”.

Na análise do professor da Universidade de Coimbra, há também “o interesse do ‘big brother’ em que desapareçam de cena governos nacionalistas que retiram ao mercado internacional recursos, como o Pré-Sal e a Petrobrás. Está em curso na região um novo intervencionismo ‘soft’”.

Nesta entrevista à Folha, concedida por e-mail, ele trata da ascensão de movimentos políticos na Grécia e na Espanha e os rumos da esquerda. “Não estamos em tempo de coerência política. Veja o caso do Syriza. A crise sempre desacreditará a esquerda enquanto esta não aprender a desacreditar a crise”, afirma

 

Publicado por: Chico Gregorio

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